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Conceitos básicos para design

Quero compartilhar com você sobre as Heurísticas de Nielsen. Elas são diretrizes de design que orientam e podem ser aplicadas na criação de diversos produtos. Sendo assim, são largamente utilizados no processo de criação de produtos de sucesso. Vamos lá?!


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Wellington Santos

a year ago | 6 min read

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A criatividade é um celeiro de oportunidades que em nossa infância incentiva nosso processo cognitivo de reconhecimento do mundo. Porém, somos submetidos a diferentes experiências ao longo da vida que congelam o modo como promovemos soluções. Portanto, se algum dia houve afirmações sobre a falta de criatividade ou inexistência do senso criativo este artigo é um pontapé inicial para sua carreira.

Antes de conversarmos um pouco sobre conceitos básicos,vamos quebrar alguns tabus: Você é criativo! A única coisa que precisa fazer é exercitar este senso de criação para que sua visão de mundo comece a tomar novas perspectivas.

A partir disso, quero compartilhar com você sobre as Heurísticas de Nielsen. Elas são diretrizes de design que orientam e podem ser aplicadas na criação de diversos produtos. Sendo assim,são largamente utilizados no processo de criação de produtos de sucesso.

0. Marco Zero — Onde estamos?

Toda vez que nos perdemos em uma loja de vestuário precisamos ter visão de diferentes pontos, como por exemplo: A porta de saída/entrada, balcão de atendimento/pagamento, mostruário de roupas e o provador. Em interfaces não é diferente, o usuário precisa entender onde ele consegue realizar ações de entrada e saída para visualizar o começo e o fim.

Diante disso, o cientista da computação Jakob Nielsen desenvolveu heurísticas que orientam o processo de construção de interfaces que geram mais valor ao usuário final. O grande passo de suas diretrizes é que elas se tornem um guia para alcançarmos a efetividade na aplicação. Como também, nos mostrar quais são os principais pontos que devemos considerar no processo de construção de uma interface.

Heurística é a arte de descobrir e inventar, uma característica típica dos seres humanos, principalmente quando estes estão em busca de respostas para questões complexas.

A heurística é uma técnica de pensamento e comportamento praticamente automática nos humanos, que agem de modo intuitivo e inconsciente para achar prováveis respostas para aquilo que procuram.

Em suma, a heurística pode ser considerada um “atalho mental” usado no pensamento humano para se chegar aos resultados e questões mais complicadas de modo rápido e fácil, mesmo que estes sejam incertos ou incompletos.

Ao cuidar desses pontos, diminuímos a carga cognitiva do usuário e aumentamos a efetividade na solução de problemas.

Fonte Nielsen Nielsen Norman Group

1. Visibilidade do Status

Após realizar as devidas apresentações conversaremos sobre a visibilidade do status. Ela é um princípio importante na concepção de uma mercadoria, pois ela tem como base a informação de onde o usuário se encontra no produto.

Vamos pensar um pouco e refletir de forma prática, por exemplo: quando apertamos o botão de um elevador para chamá-lo, ele indica com uma luz que recebeu a solicitação e mostra a execução em tempo real dos andares que ele se encontra. Semelhante a este cenário, a navegação precisa mostrar ao usuário a situação que ela se encontra mediante a entrada de informação dele.

Exemplo: Download de arquivo, Display de Elevador e Velocímetro de Carro.

2. Correspondência entre o sistema e o mundo real

Deve-se fugir de termos técnicos se isso não faz parte da realidade do usuário final. Se deseja comunicar de forma empática e assertiva é preciso introduzir uma linguagem familiar ao usuário. Um bom exemplo, é a maneira como a Netflix lida com as pessoas em suas plataformas de comunicação. Eles têm a linguagem mais informal e tentam sempre incluir assuntos que estão em alta vinculados em seus produtos.

É preciso compreender como o usuário interpreta mensagens para facilitar sua interação com a solução que deseja criar.

Vamos refletir um pouco: se ao viajar na rodovia e observarmos uma placa de bomba de gasolina é possível que vamos abastecer ou olhar o combustível do carro. A questão é que entendemos que se precisarmos há um posto bem próximo.

Em resumo, precisamos entender as pessoas, culturas, costumes e a rotina para compreender em todo sua maestria a comunicação ideal.

Fazendo uma reflexão: Entra em cenário uma grande função no mundo de Experiência do Usuário, nosso famoso Ux Research. De forma prática, é o responsável por realizar todo processo de pesquisa com foco no desenvolvimento de soluções melhores.

3. Controle e liberdade do usuário

Quando o ser humano se depara com a falta de controle ele percebe que não tem liberdade de escolha, como exemplo: Estou navegando no meu aplicativo de banco e sem querer ele faz um pix de 1 Milhão de reais para desconhecido. Além de um cenário desesperador, perceba que foi um engano e o banco após realizar 90% dos passos me pergunta se desejo confirmar. A partir disso, reconheço o erro e cancelo a operação.

Imagine se o aplicativo não pergunta-se ao usuário se deseja realizar aquela operação, este seria efetivo? Desse modo, entra em jogo o controle e liberdade que é um princípio de previsibilidade e fácil aprendizagem. Assim, ele pode deixar o estado indesejado retornando ao ponto anterior, sem precisar passar por um fluxo extenso novamente.

4. Consistência e padrões

A interface de um produto ou serviço digital deve ser previsível e de fácil aprendizagem. Em outra oportunidade, falaremos sobre viés cognitivo em interfaces e como eles podem impactar em seus resultados.

Por isso, é importante que o software mantenha padrões de linguagem, cores e formas para orientar ações, e mantenha alguns padrões de usabilidade que já são utilizados em outras plataformas parecidas. Por exemplo, se estamos utilizando uma cor na página inicial de vermelho para dizer ao usuário que há algum problema e utilizar outra cor de vermelho em outro fluxo, pode ocasionar um problema de interpretação e gerar dificuldade de manuseio.

Lembrete, mudar padrões significa aumentar a carga cognitiva para o usuário, o que pode frustrá-lo e fazer com que não efetue as ações necessárias.

5. Prevenção de Erros

Quando caminhamos e percebemos que existem lugares mais perigosos percebemos que não devemos passar naquele local e, semelhantemente, as interfaces têm o mesmo processo. Ao estudar a navegação do usuário, é possível prever e mapear prováveis erros que serão cometidos.

Então, iniciamos mapeando e prevendo erros que podem causar danos sérios, e depois siga para os que possam causar confusão e frustração. Isso irá economizar tempo do usuário e aumentará a confiança dele no seu produto ou marca.

Como exemplo: Número inválido de telefone pode ser a mensagem de sucesso que o negócio tem como principal contato com o cliente.

6. Reconhecimento ao invés de memória

Nosso cérebro trabalha demais com similaridade e reconhecimento. E para minimizar a carga cognitiva do usuário é preciso tornar objetos, ações e opções identificáveis para que possam ser reconhecidos.

O contexto deve sempre fornecer essas dicas que auxiliam na navegação, por exemplo: pesquisar e então citar os principais produtos que o usuário geralmente procura no site; ou criar um menu claro (o usuário não precisará lembrar o que ele está procurando, ele irá ler as opções e reconhecerá a que precisa).

7. Flexibilidade e eficiência de uso

A interface é de fácil entendimento para qualquer nível de usuário? Caso sua resposta seja sim, ela entrega valor. Por outro lado, se ela não é de fácil compreensão é necessário repensar a lógica de tudo. Lembre-se, antes de ser bonito precisamos fazer as coisas funcionarem dentro das possibilidades.

Como reflexão, quais dos sites abaixo são mais simples de compreender seu trabalho?

8. Estética e design minimalista

Às telinhas bonitas fazem diferença na hora de desenvolver um produto? Vamos para a resposta mais sênior do mundo:Depende. De fato, se alcançamos com a interface um alto nível de design e beleza e a sua funcionalidade é precária,o produto vai falhar.

Então, o exercício de desenvolver produtos melhores passa pelo período de simplificação do design. Então, o design precisa focar no que realmente importa para que não comprometa o fluxo de toda informação.

Em resumo, cada recurso extra pode comprometer a atenção dos elementos relevantes, diminuindo a sua visibilidade. As interfaces não devem conter informações irrelevantes ou que raramente serão necessárias: elas acabarão tornando-se ruídos que atrapalham a entrega da mensagem principal.

9. Recuperação diante de erros

O usuário deve conseguir reconhecer, diagnosticar e se recuperar de erros. Para isso, os erros devem ser sempre sinalizados de forma clara, com mensagens mostradas em linguagem simples (sem códigos), indicando precisamente o problema ocorrido e sugerindo, de forma construtiva, uma alternativa ou solução.

10. Ajuda e documentação

Sempre que possível, ofereça ajuda ao usuário sem que ele precise solicitar. Ou seja, é necessário identificar em quais etapas ele poderá encontrar dificuldades para, nessas inserir explicações sobre as ações.

Conclusão

Desse modo, as heurísticas de J. Nielsen pode subsidiar suas soluções de interface. A questão é que precisamos entender que as percepções são uma orientação de um profissional que construiu uma das instituições mais renomadas do mundo de Experiência do Usuário Nielsen Norman Group. E cada ponto discutido é uma avenida gigante de evolução para aprendermos um pouco mais e desenvolver produtos melhores.



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Wellington Santos

🚀 Ajudo pessoas no processo de transição de carreira para desenvolvimento de produtos.


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